A Corajosa Batalha de Preta Gil Contra o Câncer de Intestino

O Brasil se despede de Preta Gil, a talentosa cantora e empresária que nos deixou neste domingo, 20 de julho de 2025, aos 50 anos. Filha de Gilberto Gil e afilhada de Gal Costa, Preta enfrentou uma longa e árdua batalha contra o câncer de intestino, um percurso marcado por resiliência e a busca incessante por tratamentos, que a levaram de cirurgias no Brasil a terapias experimentais nos Estados Unidos. Sua jornada se tornou um símbolo de força e transparência para milhões.

O Diagnóstico e os Primeiros Passos do Tratamento

Preta Gil foi diagnosticada com adenocarcinoma, um tipo comum de câncer de intestino, em janeiro de 2023. A descoberta veio após ela sentir um desconforto na região intestinal, resultando em um diagnóstico rápido que iniciou sua luta contra a doença. No Brasil, o adenocarcinoma é o segundo câncer mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama, e geralmente se desenvolve a partir de pólipos no intestino grosso.

Seu tratamento inicial no Brasil incluiu quimioterapia e radioterapia. Em 16 de agosto de 2023, Preta passou por uma cirurgia complexa no Hospital Sírio-Libanês para remover o tumor e o útero. Após 28 dias de internação, ela recebeu alta e se mudou temporariamente para São Paulo para dar continuidade ao acompanhamento médico. Naquela ocasião, comemorou a remissão do câncer, um momento de grande alívio e esperança.

Preta-Gil-1 A Corajosa Batalha de Preta Gil Contra o Câncer de Intestino

A Recidiva e as Novas Intervenções Cirúrgicas

Apesar da remissão, a doença infelizmente retornou. Em 2024, exames de rotina revelaram que o câncer havia se manifestado novamente em quatro locais: dois linfonodos, um nódulo no ureter e metástase no peritônio – a membrana que protege os órgãos abdominais. Diante da recidiva, Preta iniciou um novo ciclo de quimioterapia. No entanto, como o tratamento não obteve a eficácia esperada pela equipe médica, a cantora foi submetida a uma nova cirurgia em dezembro de 2024. O procedimento, que durou 21 horas, foi considerado bem-sucedido na remoção dos novos tumores.

Após quase dois meses internada, Preta teve alta em fevereiro de 2025 e continuou o tratamento com quimioterapia em casa. Durante parte desse período, ela precisou usar uma bolsa de ileostomia, um dispositivo provisório essencial para sua recuperação pós-cirúrgica. Com a transparência que a caracterizava, Preta fez questão de falar abertamente sobre o uso da bolsa, afirmando que ela “salvou sua vida” e a ajudou em seu restabelecimento.

A Busca por Terapias Inovadoras nos Estados Unidos

Em maio de 2025, buscando novas alternativas, Preta Gil embarcou para os Estados Unidos para continuar seu tratamento com medicamentos experimentais, ainda em fase final de estudo. Ela se hospedou em Nova York e se deslocava para Washington a fim de receber o tratamento em um centro médico especializado. O planejamento era que essa fase do tratamento durasse até agosto de 2025, quando novos exames seriam realizados para definir os próximos passos.

A jornada de Preta Gil foi um testemunho emocionante de coragem e resiliência diante de uma doença devastadora. Sua luta, compartilhada com o público, não apenas inspirou, mas também trouxe luz à complexidade do câncer e à incansável busca por cura. Seu legado, certamente, ecoará muito além de sua obra musical.

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